O desqualificador (7)

Se em algum momento de nossa vida almejamos ser pessoas influentes, devemos começar por reconhecer que só poderemos alcançar a meta se formos capazes de ter valor, autoestima,energia,força,talento, motivação,respeito e amor pelos outros. Caso contrário, respeito e amor pelos outros. Caso contrário, como diz Erich Fromm:"Quando o ser humano se transforma em 'coisa' , adoece, sabendo ou não."

              O valor que possamos dar ao outro nos dará a força e o empurrão de que todos, em determinados momentos, precisamos para crescer e nos converter na melhor criação de nós mesmos. A partir daí, estando em paz, poderemos afastar do nosso convívio aquela pessoa que tenha como meta desvalorizar e desqualificar a nossa vida.
Como fazer isso? Como controlar o desqualificador?

               Podemos confrontar o desqualificador, porém isso não dará bons resultados: ele sempre se desviará do assunto para sair ileso da situação e fazer com que você fique com toda culpa e a responsabilidade por isso. Em casos como: "De onde você tirou essa idéia de que estou usando você? Sou seu amigo e nunca o usaria."

Com uma voz doce e chorona fará com que você pense: "Ele tem razão, que bobagem, como pude pensar isso dele." E dessa formar você se encherá de angústia e remorso. Como pôde pensar mal dele? Assim, o desqualificador ganha um controle maior não só sobre sua mente , mas sobre a situação em geral.

             Outro método não muito aconselhável para aconselhável para controlar o desqualificador é simplesmente agir com ele: se for desqualificado, desqualifique e assim sucessivamente. No entanto, essa solução não é muito boa, já que, se escolhê-la, você estará se somando ao jogo dele, correndo o risco de sair ferido novamente.

            O desqualificador tem milhões de métodos que tirará da cartola para cada situação na qual você decida enfrentá-lo, e, se não tiver nada em mente, improvisará como todo bom ator.

            Só se conseguirmos controlar nossas emoções, se aplicarmos o domínio próprio à nossa vida e contarmos "1,2 e 3" antes de começar a falar, saberemos o que não fazer perante essa classe de manipuladores emocionais e seremos capazes de ganhar a batalha.

Chaves para tratar um desqualificador:

• NÃO O CONTRADIGA: essa é uma batalha que você nunca vai ganhar se contradisser abertamente; se alguém insistir nessa estratégia, ele vai ficar mais ousado, já que detesta ser confrontado. É vingativo, e, se você o humilhar, seu nome estará escrito na sua memória para sempre.
• NÃO O CONFRONTE EM PÚBLICO: certamente, essa é uma humilhação que ele não deixará passar impune. Como você teve a coragem de ofender ou desautorizar a palavra do todo-poderoso?
• APROXIME-SE DO DESQUALIFICADOR: não seja seu amigo, simplesmente aproxime-se, para que ele não possa machucá-lo. Seja sutil: pequenos gestos e condutas coseguem grandes mudanças; talvez pareça meio louco, porém é uma boa forma de começar.
• OLHE PARA ELE E SORRIA: esse é um método mais do que simples para tomar controle da situação. Suponha que o desqualificador está em um grupo de cinco ou seis pessoas e a primeira coisa que faz é começar a discutir com você com o único objetivo de demonstrar quem tem o poder. Nesse caso, o que você deve fazer é olhá-lo com "cara de paisagem", sorrir e dar a entender que o ouviu, para assim reverter o mais rápido possível a situação. Sei que é difícil , mas é possível.
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A conclusão final é "não caia no jogo dele", não ceda a seus golpes baixos.

        Comece priorizando sua vida, cuide de suas emoções, desfaça-se de toda a gente tóxica que por anos esteve perto de você e siga seu caminho. Se quando era criança você foi desvalorizado, manipulado, ofendido, perdoe todos eles, seja livre de todos os que o ofenderam. Aprenda a ser independente, a ser o construtor de seu próprio destino.

       O passado é só isto: passado. Na sua frente, estão os melhores anos por viver. Se for capaz de deixar o passado para trás, de se superar sua autoestima, de dar valor à sua vida e aos seus sonhos, poderá se sentar à mesa e comer a sobremesa tranquilamente.

Fonte: Bernardo Stamateas